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O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta sexta-feira, 17, fazer um discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) com "verdades" sobre o Brasil. O pronunciamento está marcado para terça-feira, 21, e marca a abertura do encontro multilateral.
"Na próxima terça-feira, estarei na ONU, participando com um discurso inicial daquele evento. Podem ter certeza, lá teremos verdades, realidade do que é o nosso Brasil e do que nós representamos verdadeiramente para o mundo", declarou Bolsonaro no lançamento de projeto de revitalização da bacia de Urucuia, na cidade de Arinos (MG). Ele estava acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Bolsonaro voltou a dizer que só Deus o tira da presidência da República, embora tenha lamentado nas palavras dele, pelo que sua família e amigos sofrem com seu cargo. "Apesar das dificuldades, dos ataques, das calúnias, difamações, entre outras barbaridades, vale a pena ser presidente da República. Porque uma das coisas que mais me conforta é saber que naquela minha cadeira em Brasília não está sentado um comunista", afirmou o chefe do Planalto. "Vamos vencer essa batalha, vamos aos poucos mudando o destino do Brasil. Tudo pode ser renovado, como renova o Executivo, o Legislativo, e também o Judiciário", voltou a dizer.
Também em uma insistência de retórica, Bolsonaro, mais uma vez, alertou apoiadores sobre o julgamento marco temporal, suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF). "O produtor rural tem que se preocupar com isso. Queda do marco temporal coloca em risco a segurança alimentar no Brasil e no mundo como um todo", afirmou. Se ratificada pelo Supremo, a tese do marco temporal obrigaria comunidades indígenas a comprovarem que estavam no seu território em 1988, momento da promulgação da Constituição Federal, para validar a demarcação da terra.
Desprezando as suspeitas de irregularidades na compra de vacinas, expostas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Bolsonaro também repetiu no evento que o Brasil está completando "2 anos 8 meses sem uma denúncia sequer de corrupção".
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